Total de visualizações de página

domingo, 13 de março de 2011

CÉLULA-TRONCO

Também conhecidas como células-mãe ou, erroneamente, como células estaminais, são células que possuem a melhor capacidade de se dividir dando origem a células semelhantes às progenitoras.
As células-tronco embriões têm ainda a capacidade de se transformar, num processo também conhecido por diferenciação celular, em outros tecidos do corpo, como ossos, nervos, músculos e sangue. Devido a essa característica, as células-tronco são importantes, principalmente na aplicação terapêutica, sendo potencialmente úteis em terapias de combate a doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, diabetes tipo-1, acidentes vasculares cerebrais, doenças hematológicas, traumas na medula espinhal e nefropatias.[carece de fontes?]
O principal objetivo das pesquisas com células-tronco é usá-las para recuperar tecidos danificados por essas doenças e traumas. No Zoológico de Brasília (BR), uma fêmea de lobo-guará, vítima de atropelamento, recebeu tratamento com células-tronco . [1] Este foi o primeiro registro do uso de células-tronco para curar lesões num animal selvagem. [2]
São encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como no cordão umbilical, na medula óssea, no sangue, no fígado, na placenta e no líquido amniótico. Nesse último local, conforme descoberta de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Wake Forest, no estado norte-americano da Carolina do Norte, noticiada pela imprensa mundial nos primeiros dias de 2007.
Questão do nome
O adjetivo estaminal refere-se aos estames e provém da palavra latina 'staminale-', adjectivo relacionado com o substantivo latino ‘stamine’, do qual deriva a palavra portuguesa estame, que significa: fio de tecer e, em botânica, folha floral fértil que produz os grânulos do pólen, e filete que sustenta a antera onde se encontram os grânulos de pólen.
O vocábulo inglês correspondente é "stam". [4] Nada disto tem a ver com o significado atribuído ao conceito que é internacionalmente conhecido como stem cells.O vocábulo inglês "stem" provém da palavra germânica "stamn", que significa caule e estrutura de planta. Em linguística, "stem" significa raiz.
Como os estames possuem os grânulos do pólen, alguns cientistas pensaram que a palavra estaminal poderia ser adequada para a tradução do adjectivo relacionado com a palavra "stem" no contexto "stem cell".[4]
Para fazer justiça ao significado biológico destas células, tendo em conta a ampla divulgação que têm nos órgãos de comunicação social, a tradução literal para células-tronco, comum no Brasil, também traz problemas de inteligibilidade pois relaciona-se com uma imagem abstracta do processo de diferenciação e especialização celulares, que "entronca" em células pluripotentes e se ramifica em células progressivamente unipotentes. O mesmo problema de inteligibilidade põe-se com o termo células-mãe, que, para além disso, é confuso.[carece de fontes?]
Para esta questão ser ultrapassada, o mais adequado será traduzir stem cell por célula indiferenciada ou célula básica. Outras hipóteses serão os termos células germinais ou células geradoras´´.
Extração das células-tronco
Há duas possibilidades de extração das células-tronco. Podem ser adultas ou embrionárias:
  • Embrionárias – São encontradas no embrião humano e são classificadas como totipotentes ou pluripotentes, devido ao seu poder de diferenciação celular de outros tecidos. A utilização de células estaminais embrionárias para fins de investigação e tratamentos médicos varia de país para país, em que alguns a sua investigação e utilização é permitida, enquanto em outros países é ilegal. O STF autorizou as pesquisas no Brasil.[5]
  • Adultas – São encontradas em diversos tecidos, como a medula óssea, sangue, fígado, cordão umbilical, placenta, e outros. Estudos recentes mostram que estas células-tronco têm uma limitação na sua capacidade de diferenciação, o que dá uma limitação de obtenção de tecidos a partir delas.[6]
  • Mesenquimais – Células-tronco mesenquimais, uma população de células do estroma do tecido (parte que dá sustentação às células), têm a capacidade de se diferenciar em diversos tecidos. Por conta desta plasticidade, essas células têm sido utilizadas para reparar ou regenerar tecidos danificados como ósseo, cartilaginoso, hepático, cardíaco e neural. Além disso, essas células apresentam uma poderosa atividade imunosupressora, o que abre a possibilidade de sua aplicação clínica em doenças imuno-mediadas, como as auto-imunes e também nas rejeições aos transplantes. Em adultos, residem principalmente na medula óssea e no tecido adiposo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário